O deputado federal Mandetta (DEM/MS) comemorou nesta quinta-feira (12/5) o resultado final do processo do impeachment no Senado.“O Brasil precisa avançar. Nos reencontramos com a esperança e há um grande esforço de unificação do país”, destacou o parlamentar.
A decisão, tomada por 55 votos a 22, confirmou o que dias antes já era tido como fato consumado: o afastamento de Dilma Rousseff, primeira mulher eleita presidente do Brasil, e a interrupção do ciclo de 13 anos e meio do PT no poder. Com a derrota, a petista será agora afastada por até 180 dias, período em que o vice Michel Temer assume o cargo.
Mandetta explica que apesar de ser lamentável para o país ter um segundo impeachment na história recente da democracia, a decisão dos senadores vai ao encontro da insatisfação de milhões de brasileiros com o atual governo e pune a presidente por crime de responsabilidade. “As vítimas do seu crime são os milhares de desempregados, a perda da estabilidade econômica e todos que sofrem o impacto dessa recessão”, enfatizou.
Sobre a expectativa de um novo governo, o parlamentar garantiu que o país necessita de grandes mudanças. “A continuidade administrativa precisa de um pacto com todos os brasileiros, onde algumas reformas precisam ser feitas, onde o enxugamento da máquina pública e o equilibro fiscal vai ter que ser conquistado, onde uma reforma política se impõe. Não podemos mais passar por uma crise desse porte sem ter uma válvula mais factível para que se possa interpretar a vontade popular”, alertou.
Próximos passos - Agora, o Senado passará a colher provas, realizar perícias, ouvir testemunhas de acusação e defesa para instruir o processo e embasar a decisão final. O julgamento será presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que também comandará a Comissão Processante do Senado.
O impedimento definitivo da presidente depende do voto favorável de dois terços dos 81 senadores (54), em julgamento que ainda não tem data para ocorrer.
Assessoria de Comunicação/ O Globo
Foto: Rafael Carvalho/Democratas
12/05/2016