Em uma votação histórica, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou por 367 votos favoráveis e apenas 146 contrários (contando abstenções e ausências), o relatório pró-impeachment e autorizou o Senado Federal a julgar a presidente da República, Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade.
Segundo o deputado federal Mandetta (DEM/MS), que votou favorável pelo Mato Grosso do Sul e pelo Brasil, o dia 17 de abril se tornou um dia histórico para a política brasileira. “Nos reencontramos com a esperança e há um grande esforço de unificação do país”, destacou.
Em seu discurso na sexta-feira (15/4), o parlamentar fez várias acusações e afirmou que o Partido dos Trabalhadores despertou "o que há de pior na política". Mandetta afirmou que o PT mente para manter um projeto de poder no país, e que Dilma cometeu um crime "com a caneta", se referindo ao cargo que ela ocupa, e então só ela pode ser a responsável. "Rasteje PT, e lave sua boca para falar de ética de outros partidos", disparou.
O parecer que recomenda a investigação contra a presidente Dilma Rousseff segue para o Senado Federal. Lá, será constituída uma comissão especial para decidir se convalida, ou não, o pedido de abertura de investigação. Se for aprovado por 41 senadores, a presidente será afastada do cargo e julgada pelo Senado. Uma eventual condenação, que depende do aval de 2/3 da Casa (54 senadores), tira Dilma do cargo e a torna inelegível por oito anos.
Mandetta informou que está confiante na votação do impeachment no Senado. “Precisamos avançar na nossa jovem democracia, para encontrar o nosso caminho. Espero que o processo se desenvolva no Senado de uma maneira transparente e tranquila como foi na Câmara, que as pessoas tenham um bom entendimento de tudo que se deu e que gente possa estancar a hemorragia moral, econômica e política provocada pelo governo Dilma Rousseff, governo do PT.”, declarou.
Assessoria de Comunicação
18/04/2016